segunda-feira, janeiro 31, 2005

Acordar, assim


A ouvir a versão do Some Velvet Morning dos Primal Scream com a Kate Moss, ou a ouvir a versão da Kate Moss dos Primal Scream a fazerem de Kate Moss do Some Velvet Morning ou a versão da Kate Moss da Kate Moss do Some Velvet Morning. PAS

Some velvet morning
When I'm straight
I'm gonna open up your gate

Flowers are the things we grow
Secrets are the things we know
Learn from us very much
Look at us but do not touch
Phaedra is my name



sábado, janeiro 29, 2005

Projectos a curto prazo (2)

Reouvir Deserter's Songs e All is a Dream
Ouvir The Secret Migration
Mergulhar numa mini fase Mercury Rev.

(Estes homens também são muito bons a fazer covers. De Bowie e Neil Young, por exemplo)
ENP

Coisas que definitivamente melhoram o meu acordar (2)

A sequência que abre The House of Love, o segundo dos The House of Love, também conhecido por the butterfly record para distingui-lo dos demais. Ouvir Hannah, Shine On e Beatles and the Stones de seguida é algo capaz de levantar a moral a qualquer um, incluindo aqueles que já acordaram com a dita em alta.
ENP

NB: não, não acordei às sete e meia da tarde.

Da série "não sei onde arrumar este disco” #4

Algures durante a minha adolescência passei por uma fase complicada em que consumi desenfreadamente uma coisa chamada "rock progressivo" (desiludam-se os que pensam que hoje renego tal passado. Ainda tenho quase todos os discos que na altura, com esforço, coleccionei, sendo certo que gosto da maior parte deles, alguns continuo a ouvir, e outros fazem até parte das minhas listas de preferidos, como os sempre espantosos Van der Graff Generator).
No labirinto de nomes e sub géneros sobre o qual o "progressivo" se ergue, fui dar com um grupo de difícil, ou mesmo impossível, arrumação: Area, de seu nome. “A mais radical experiência da música italiana dos anos setenta”. Uma música original, diferente de tudo o que se fazia, e influenciada por fenómenos tão díspares como o free jazz, John Cage (esse dos '4.33' de silêncio), a pop, Nietzsche, o Partido Comunista, folk do médio oriente, música electrónica e a canção popular mediterrânica. No som dos Area, a figura do vocalista Demetrio Stratos (como o nome indica, de origem grega) era determinante - a sua extraordinária técnica vocal permitia-lhe fazer com a voz o que muitos não conseguem fazer com uma orquestra. Nos seus discos, várias são as passagens vocais assombrosas, milhas à frente de certos malabarismos a que se costuma dar tanto valor. Enfim, este era também um grupo acentuadamente político (política de rua, entenda-se), de esquerda (a sua sigla international POPular group não engana), com pretensões filosóficas e instintos anarquistas. Um (fabuloso) caos sonoro saído de umas cabeças caóticas, no tempo em que tudo isso era compreensível.
Ora, se isto é "rock progressivo", o que eu contesto, então só pode ser agit-prog.



Aos que têm gosto em conhecer o desconhecido, aconselho, para começar, dois discos dos Area: Arbeit Macht Frei e Event’ 76, respectivamente, a sua opus 1 e o registo de um concerto na Aula Magna da Universidade de Milão.
ENP

Bocados da vida de Iggy Pop

I first saw them on Raw Power tour, upstairs at Max’s Kansas City. That was the show where he was wearing the one-legged pair of pants, his genitals in the one leg that was intact and round the other side there was nothing but a belt. That was the most frightening concert I’ve ever been in. I thought I was going to see somebody kill themselves on stage. He was taking oxygen or nitrous oxide between songs and going absolutely berserk. At one point he reached up and grabbed hold of the stage lights and you know how fucking hot those things are. But he hung there for at least 20 seconds. I mean, you can’t touch them for even a second without burning yourself. He was scary as hell. I walked out of that concert and I was practically walking on air, I was so relieved that everybody was alive and safe and the thing was over. It was truly frightening. He couldn’t have kept playing like that. He wouldn’t be alive now. He was just willing to throw it all away.*

Dos tempos em que ainda não era o avô do punk.

* Glenn Jones (Cul de Sac) à WIRE de Janeiro
ENP

sexta-feira, janeiro 28, 2005

grandes nomes*



Um grande nome para uma banda, que foi, pelo menos, "particular" - Santa Maria, gasolina em teu ventre (acrescenta lá à tua lista, pedro!). Que aliás se prepara para ver o seu único disco reeditado. PAS
*copyright

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Coisas que definitivamente melhoram o meu acordar*

Dry the Rain (Beta Band)

*Inspirado em duas das melhores séries da Bomba Inteligente (needless to say which)
ENP

quarta-feira, janeiro 26, 2005

O que seria da vida sem estes pormenores


Entre a vontade súbita de voltar a ouvir Tonight's the Night (o melhor Neil Young da fase depressiva) e os ecos distantes da guitarra eléctrica do John Fahey de Georgia Stomps, Atlanta Struts, and other Contemporary Dance Favorites, está Superwolf, o último disco de Will Oldham, que desta vez surge na pele de Bonnie ‘Prince’ Billy e com Matt Sweeney (Chavez) como companheiro de luta. Um escreveu as letras – confessionais, como de costume – e o outro a música. Som cru, pouco ensaiado; ambientes ora a fugir para o pastoral (ouça-se Only Someone Running), ora a puxar para o escuro; a beleza que já não surpreende. Too old to rock ‘n’ roll, pode ler-se no booklet, numa mais do que inesperada homenagem aos Jethro Tull; too young to die, acrescento eu.
ENP

terça-feira, janeiro 25, 2005

os dez melhores discos do mundo #1



Já aqui escrevi uma vez que não me lembro da primeira vez que ouvi o Leonard Cohen. Mas lembro-me de quando dei porque o Leonard Cohen existia. Por algumas características que hoje sei reconhecer, mas também por muitas que permanecem para mim indistintas, o Leonard Cohen passou a ser uma das medidas de todas as outras músicas. O primeiro álbum dele que ouvi atentamente quando saiu foi o I’m Your Man, ainda assim, o Cohen de que gosto mais é o que está antes - mas que quando fui ouvindo me pareceu invariavelmente familiar ("muito lá de casa"). Isto para dizer que começei pelo Cohen já a arrastar para a rouquidão, com os sintetizadores (que com qualquer outro cantor seriam de gosto duvidoso) e com os coros a darem-lhe amparo, para só então chegar ao outro. E o melhor do outro é, para mim, este disco - The Songs of Leonard Cohen de 1967/68. Estranhamente o seu primeiro disco. Não se pense que isto quer dizer que se trata de mais um daqueles casos de alguém que não conseguiu ultrapassar o complexo do primeiro álbum (de que provavelmente o exemplo mais acabado são os Stone Roses).
Não, quase todos os discos de Leonard Cohen são absolutamente geniais. Assim, tal e qual. Absolutamente geniais a somarem o sexo à religiosidade. Absolutamente geniais a contarem com amargura o mundo dos homens e, ao mesmo tempo, a fazerem crer às mulheres que aqueles podem ser uns tipos aceitáveis. The songs of Leonard Cohen tem contudo, sobre alguns dos outros discos, a vantagem de mostrar o Cohen cru, sem mais nada, no osso, destilado. Todos os temas que o ocuparam nos restantes discos já lá estavam e depois não há uma canção que destoe, ou que esteja a mais. Dez canções perfeitas (não por acaso é o disco que tem mais versões no melhor álbum de covers que conheço - I’m your fan), que revelam tudo, como se aos 33 anos (foi um late-comer) já tivesse decidido o que iria fazer daí para adiante. A capa, aliás é disso sintoma: não mostra um jovem. Pelo contrário, procura esconder um jovem. O Ladies' man que já entendeu que tudo o que a partir daqui faria lhe permitira em 2004 cantar(será adequado chamar-lhe isso?):

Because of a few songs
Wherein I spoke of their mystery,
Women have been
Exceptionally kind
to my old age.
They make a secret place
In their busy lives
And they take me there.
They become naked
In their different ways
and they say,
"Look at me, Leonard
Look at me one last time."
Then they bend over the bed
And cover me up
Like a baby that is shivering.

Para além de, entre todas, ter duas canções de que gosto particularmente (Hey, that’s no way to say goodbye - à qual aliás, o Ian McCulloch deu um excelente tratamento, tal como fez também ao Lover, Lover, Lover - e ainda, One of us cannot be wrong), tem uma música que, como nenhuma outra, sintetiza as qualidades de Leonard Cohen - the stranger song. Intensidade dramática, um romantismo nómada e, no fim, mesmo ouvida um sem número de vezes, um lado desconcertante sobre o essencial. Ficamos sem saber se o segundo "stranger" ainda é um (o mesmo?) homem ou, pelo contrário, a mulher que seria suposto oferecer "shelter" e que agora se torna "stranger". Um pouco como em tudo o resto que se seguiria, em que não mais se encontrará o lugar exacto do homem e da mulher, pese embora a primeira impressão indique o contrário.

(...) And while he talks his dreams to sleep
you notice there's a highway
that is curling up like smoke above his shoulder.
It is curling just like smoke above his shoulder.

You tell him to come in sit down
but something makes you turn around
The door is open you can't close your shelter
You try the handle of the road
It opens do not be afraid
It's you my love, you who are the stranger
It's you my love, you who are the stranger.(...)


Nunca percebi se é mesmo essa a razão, mas sempre quis crer que o facto do copyright de LC ser, depois desse disco, sempre "stranger music" tinha a ver com essa música e que, do mesmo modo que nela eu vi o princípio e o fim de tudo o que ele viria a fazer, também o próprio Leonard Cohen o havia feito. Até porque essa música, bem como todo o disco, tem presente a escolha. A escolha da "one less travelled by", o que como se sabe, fez, nos restantes discos, toda a diferença, designadamente porque poucos músicos fizeram logo ao princípio tudo. PAS

sábado, janeiro 22, 2005

E isto para que é que serve?

No meio de um almoço, antes e depois de uns papers, uma amiga, conhecida pela sua frontalidade, confessava-me que não percebia qual é que era o interesse deste blog, pois lembrava-lhe as notas de rodapé. Uma sucessão de nomes e referências e, no fim, nada. Confesso que o comentário me tem perseguido e, cada vez mais, fico convencido que, não só ela tem razão, como, para mais, tocou no ponto: era mesmo para isso que nós, quando o fizemos, queriamos este blog. Para escrevermos notas de rodapé; para falarmos dos grupos que quase nunca existiram, porque os seis - acho que ninguém estará em desacordo comigo se o disser - preferimos os desafinados, fora do tom, sem melodia, mas que, parafraseando o John Peel a propósito dos extraordinários Wedding Present, escreveram as melhores canções do mundo, os verdadeiros "quase famosos"(escusado será dizer que tudo o que aqui se tem escrito pode ser contestado, mas somos nós que temos razão); e, ainda, porque gostamos de listas, naquilo que é uma característica típica dos rapazes obsessivos com as coisas e obsessivos com a música em particular, que, aliás, o Nick Hornby apanhou muito bem, no High Fidelity.
Estranhamente, as listas não têm sido o forte do blog. Mas naturalmente que tenho no meu bolso, desde que me lembro de me preocupar com estas coisas, a lista dos melhores dez discos do mundo - e, claro, outra dos segundos dez. Tem umas quantas particularidades, a primeira das quais é o facto de a quase totalidade dos discos serem coisas que conheci entre os 16 e os 20 anos. Mas, antes de tudo, aqui vai. Nos próximos tempos, para além das notas de rodapé com que perco o tempo, ocupar-me-ei a escrever sobre cada um deles. Naturalmente que isto não serve para rigorosamente nada. Mas sermos inúteis também foi, desde o início, o nosso objectivo. PAS

Caetano Veloso – Totalmente Demais
Herbert – Bodily Functions
João Gilberto – Amoroso/Brasil
John Cale – Fragments of a rainy season
Joy Division – Closer
Leonard Cohen – Songs of Leonard Cohen
Lou Reed – New York
Paolo Conte – Réveries
Talking Heads – Stop Making Sense
The Smiths – The Queen is dead

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Meus amigos, estou chocado

Eu vi com os meus próprios olhos e ia chorando. Há uma loja em Lisboa chamada «Daily Price» que tem o Mark Koselek a 5,45 euros e os Go-Betweens a 7,80 euros. E até tem CD’s daquela banda que toda a gente julgava que eu tinha inventado: os Kitchens of Distinction. NCS

terça-feira, janeiro 18, 2005

o meu programa político



voltar a ouvir todos os dias este disco (exactamente como no dia em que o descobri). PAS



segunda-feira, janeiro 17, 2005

O disco certo

Há dias em que tenho a sorte de encontrar o disco certo.
E o que é o disco certo? - Pergunta quem lê isto.
É um disco arrebatador, que, música após música, canção após canção, surpreende, entusiasma, faz-nos sentir melhores pessoas, pessoas quase boas, e torna o mundo um lugar feliz – respondo eu.
Apothecary, de Carl Hancock Rux, é isso mesmo. O último disco certo que veio parar às minhas mãos. Uma monumental obra de soul, onde sobra lugar para muitas outras correntes da música negra e não só. Do funk ao R&B, do gospel ao legado de Gil Scott-Heron, da electrónica ao be bop, de muitas outras coisas a tantos outros sons, Apothcary é fruto de um caldo de influências, porém elitista, já que cozinhado com as melhores matérias-primas, os mais frescos ingredientes e as mais saborosas especiarias.
Em jeito de ressalva, informo que estou a escrever este post no exacto momento em que acabei de ouvir Apothecary pela primeira vez. A quente, portanto. Mas não creio que venha a arrepender-me do que acima digo. Pode até ser que este disco não venha a ter o reconhecimento que merece - hoje em dia o ruído é demasiado para que tudo o que é bom acabe por vir à tona -, mas que é um daqueles rasgos com que a cultura americana, vai-não-vai, se abana a si própria, disso não tenho a mínima dúvida. Intenso, como a melhor música de Marvin Gaye. Caleidoscópico, como os melhores poemas de Allen Ginsberg. Perene, como as melhores canções de Bob Dylan.

ENP

Desabafo

O DJ-Kicks do Erlend Øye ouve-se muito bem.
ENP

Da série "não sei onde arrumar este disco” #3


Dezenas de vozes imberbes de alunos de uma escola rural canadense cantam, quase a cappella, clássicos pop dos anos sessenta e setenta. Apesar do péssimo estado do som, arrepio-me quando ouço as versões de Space Odity (Bowie), To Know Him Is To Love Him (T. Bears) e Good Vibrations (Beach Boys). O resto também não é mau.
Pensei em colocá-lo ao pé das colectâneas psicadélicas e grupos obscuros do mesmo género (um fetiche muito cá de casa), mas depois hesitei ao lembrar-me que isso poderia ferir a susceptibilidade da dra. Catalina Pestana. Afinal, como a senhora diz, alguém tem de se preocupar com as crianças, e não serei eu a pô-las lado a lado com pastilhados. A menos, claro, que as pastilhas sejam gorila.
(The Langley Schools Music Project, Innocence & Despair, (1976) 2001 Bar/None Records)
Vale a pena ouvir um pouco.
ENP

sábado, janeiro 15, 2005

Carbono II

Era estudante universitário e acreditava no futuro da humanidade. E costumava visitar a Carbono, no Centro Comercial Portugália. (Para quem não sabe, o Centro Comercial Portugália é o protótipo do espaço que qualquer urbano-depressivo adora frequentar). Comprei lá muita coisa, desde lados B do Morrissey a CD’s dos Go-Betweens que não tinha. Uma vez, vendi lá uns disquitos – para poder comprar outros. Quando soube da nova loja da Carbono, fiquei curioso. Cheguei a comentar isso com a minha personal trainer (esta parte do post é só para dizer que tenho uma personal trainer). Não me desiludi com a visita. Mais CD’s, agora num espaço amplo. Comprei lá o melhor álbum que ouvi o ano passado: «The Sweetest Punch – the songs of Costello and Bacharach» (de 99). «Heroes to Zeros”, dos Beta Band, também me entusiasmou muito. Uma das coisas boas de ir à Carbono é o facto de nos permitir o encontro com discos fora da agenda. Há de tudo - desde a gritaria da Céline Dion ao mau comportamento psicadélico dos Butthole Surfers. A bom preço. Ali na rua do Telhal. A seguir à rua das Pretas – ou das Negras, conforme a tendência política. NCS

Carbono I

O post do Eduardo fez-me descer hoje, pelos mesmos motivos que ele, até à nova Carbono. Trouxe de lá isto:

- «Mink Car», dos They Might Be Giants.
- «Wheat and Rust», de Tim Story.
- «The Hits 1”, de Prince.
- «Nashville», de Bill Frisell.

(Menos 35 euros no orçamento. Ainda vou ter de actuar no Conde Redondo até ao fim do mês). NCS

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Da série "não sei onde arrumar este disco” #2


Dizem-me que isto é "art-rock electro-acústico", só que eu, muito sinceramente, continuo sem saber onde hei-de arrumá-lo.
(Telectu, Evil Metal, Área Total 1992)

Telectu é um duo composto por Vitor Rua e Jorge Lima Barreto. O primeiro é um ex-GNR, e o segundo, entre outras coisas, é autor de vários, inacreditáveis, e bons livros sobre música, dos quais destaco, porque conheço: Grande Música Negra (1974), Rock & Droga (1982), Nova Música Viva (1993) e JazzArte (1994), para além de ter sido realizador de um dos melhores programas de rádio de sempre: Musunautas - ao qual devo a componente mais bizarra da minha formação auditiva. Neste disco de 1992, à dupla soma-se o guitarrista americano Elliott Sharp.

ENP

Da série “não sei onde arrumar este disco” #1

Passo a vida a arrumar, desarrumar e a voltar a arrumar os meus discos. É - informo - um dos meus hobbies predilectos. Porém, de todos as vezes que a ele me dedico, deparo-me sempre com o mesmo problema: uma pilha de discos que, seja qual for o critério de arrumação seguido, não sei onde hei-de encaixar.

Por exemplo, esta colectânea em jeito de homenagem ao órgão electrónico ficaria a matar numa prateleira onde constassem obras de órgão electrónico. Sucede que, prateleiras de onde constem obras de órgão electrónico, é coisa que não tenho.
(Vários, The Men from O.R.G.A.N., 2002 S.H.A.D.O. Records)
ENP

Petição por Duarte & Companhia em DVD

Passo.
Eu quero saber é quando que alguém se mexe para reeditar A Lenda de El Rei D. Sebastião.

ENP

A quente (mas também a frio)

A Fnac/discos é uma vergonha.
ENP

Projectos a curto prazo

Um homem acorda. Assim ou assado, pouco interessa. Um homem acorda com vontade de comprar discos. Um homem tem um orçamento limitado (quanto mais não seja pelo pudor de gastar muito). Um homem quer ajudar a salvar a Buchholz, mas nesse dia quer mesmo é comprar discos, e não são de música antiga. Um homem decidido toma decisões. Um homem ponderado toma decisões ponderadas. Um homem sensato toma decisões sensatas. Assim, o homem pondera, apelando ao seu bom senso, e decide: vai à Carbono. Lá, com não muito dinheiro e sem ter de se tornar metaleiro, arrisca-se a ser feliz.
ENP

E mais uma lista para ver se isto anima

Uma lojeca de discos sita na baixa de Manhattan acaba de enviar por email a lista dos discos que mais vendeu no ano passado. Chama-se Other Music e recomenda-se ao auditório.

1. Franz Ferdinand "S/T" (Domino/Epic)
2. Animal Collective "Sung Tongs" (FatCat)
3. TV on the Radio "Desperate Youth..." (Touch & Go)
4. Arcade Fire "Funeral" (Merge)
5. Devendra Banhart "Rejoicing in the Hands" (Young God)
6. Joanna Newsom "Milk-Eyed Mender" (Drag City)
7. Dungen "Ta Det Lugnt" (Subliminal Sounds)
8. Interpol "Antics" (Matador)
9. Sufjan Stevens "Greetings from Michigan" (Asthmatic Kitty)
10. !!! "Louden Up Now" (Touch & Go)
11. Madvillain "Madvillainy" (Stones Throw)
12. Junior Boys "Last Exit" (Kin/Domino)
13. Modest Mouse "Good News for People..." (Epic)
14. Sufjan Stevens "Seven Swans" (Sounds Familyre)
15. Blonde Redhead "Misery is a Butterfly" (4AD)
16. Air "Talkie Walkie" (Astralwerks)
17. Arthur Russell "Calling Out of Context" (Audika)
18. White Magic "Through the Sun Door" (Drag City)
19. Arthur Russell "World of Arthur Russell" (Soul Jazz)
20. Devendra Banhart "Nino Rojo" (Young God)
21. The Double "Palm Fronds" (Catsup Plate)
22. TV on the Radio "Young Liars EP" (Touch & Go)
23. Magnetic Fields "I" (Nonesuch)
24. Fennesz "Venice" (Touch)
25. Unicorns "Who Will Cut our Hair..." (Alien8)
26. Iron and Wine "Our Endless Numbered Days" (Sub Pop)
27. Mum "Summer Make Good" (FatCat)
28. Various Artists "Kompakt 100" (Kompakt)
29. Dizzee Rascal "Boy in Da Corner" (Matador)
30. Bonnie 'Prince' Billy "Sings Greatest Palace Music" (Drag City)

ENP

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Post com o exclusivo objectivo de alimentar a coisa

Eu não vou ao concerto dos U2.
ENP