quinta-feira, julho 15, 2004

O dia em que o DJ do metro não passou Richard Clayderman


Simpática supresa. No princípio da tarde de ontem, a estação de metro do Rato passou uma música dos B-52’s. Gente conhecida, portanto. Apresentei-me aos B-52’s por volta dos 16 anos, altura em que uns amigos mais velhos abriram-me os olhos para “novos” géneros musicais. Eu estava metido nos Pixies, nos Pale Saints e nos My Bloody Valentine e eles mostraram-me, entre muitas outras coisas, o jazz de Miles Davis e dos Weather Report, o virtuosismo com alma de Prince, os estranhos sintetizadores dos Cabaret Voltaire e a música alienada de um grupo retirado de um filme de ficção científica dos anos 50. Pop, rock, punk, surf, new wave, rockabilly, funk – é, como sabemos, desta sarcástica misturada que se faz a festa dos B-52’s. Conheci sobretudo músicas dos álbuns "The B-52's" e "Bouncing Off The Satellites", mas, confesso, fui também seduzido pelo universo mais cantarolável de "Cosmic Thing". Para a História da música ficará o flirt entre as vozes abertas e claras de Kate Pierson e Cindy Wilson e a vozinha irresistivelmente irritante de Fred Schneider, uma espécie de Mark E. Smith sem problemas de classe. Bateu-se o pé no metro de Lisboa. O Quase Famosos agradece ao DJ de serviço. NCS

1 Comments:

Blogger Rui MCB said...

Belo título :-))

10:37 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home