sábado, janeiro 15, 2005

Carbono II

Era estudante universitário e acreditava no futuro da humanidade. E costumava visitar a Carbono, no Centro Comercial Portugália. (Para quem não sabe, o Centro Comercial Portugália é o protótipo do espaço que qualquer urbano-depressivo adora frequentar). Comprei lá muita coisa, desde lados B do Morrissey a CD’s dos Go-Betweens que não tinha. Uma vez, vendi lá uns disquitos – para poder comprar outros. Quando soube da nova loja da Carbono, fiquei curioso. Cheguei a comentar isso com a minha personal trainer (esta parte do post é só para dizer que tenho uma personal trainer). Não me desiludi com a visita. Mais CD’s, agora num espaço amplo. Comprei lá o melhor álbum que ouvi o ano passado: «The Sweetest Punch – the songs of Costello and Bacharach» (de 99). «Heroes to Zeros”, dos Beta Band, também me entusiasmou muito. Uma das coisas boas de ir à Carbono é o facto de nos permitir o encontro com discos fora da agenda. Há de tudo - desde a gritaria da Céline Dion ao mau comportamento psicadélico dos Butthole Surfers. A bom preço. Ali na rua do Telhal. A seguir à rua das Pretas – ou das Negras, conforme a tendência política. NCS

7 Comments:

Blogger sara said...

Ainda andava no liceu e não pensava no futuro da humanidade. Costumava visitar a Carbono. Um dia acordei com vontade de comprar discos, mas não tinha dinheiro. Peguei nos álbuns que tinha dos Guns n'Roses (não há curriculum sem mácula, a adolescência serve como atenuante?) e pensei vendê-los na loja do Centro Comercial Portugália, para poder comprar outros novos. Não me deram nem quinhentos paus por aquilo. Não me deram nada, não estavam minimamente interessados (porque seria?). Voltei para casa de mãos a abanar. Snif.

2:40 da tarde  
Blogger sara said...

Esqueci-me de dizer que tenho vários personal trainers, um para cada dia da semana - informação extremamente relevante para este meu depoimento -, e que uma vez comprei lá um disco de Butthole Surfers (já não me lembro qual), mas que não sei por onde anda. Emprestei-o e aconteceu a cena do costume: nunca mais mo devolveram.

Abraço.

2:52 da tarde  
Blogger João Amaro Correia said...

pois!... um óptimo sítio para vender os cd's do sting. já lá comprei umas coisitas. mas se há coisa que odeio são cd's cheios de sebo! livros ainda é como o outro!... agora cd's?!?!? têm que ser sem mácula!
e depois há o tipo que atende, que não sei se ainda é o mesmo, com cara de zangado (alcunha com que o apelidei, pois encontro o homem nos concertos onde vou), pum gajo até tem medo de lhe pedir alguma coisa!
no mesmo espaço urbano-depressivo havia um caixão chamado... [não me lembro do nome!...] onde arranjei os cd's dos autechre. a coisa era a dar para o ambiance gótico... mas tinha muito boa música!
seguia-se almoço na tasca "joaninha" com uns óptimos pastéis de camarão, ali no largo perto da assírio!

3:10 da tarde  
Blogger sara said...

EM CIMA, ONDE SE LÊ "Abraço", LEIA-SE "Abraço urbano-depressivo". OBRIGADA.

3:13 da manhã  
Blogger FMS said...

tenho a carbono da amadora em frente a casa, nhamm nharrm nhaccc nhorc.

1:41 da tarde  
Blogger Nuno said...

sara, um abraço igualmente urbano-depressivo (com muitos laivos rural-eufóricos).

jmac, acho que os tipos que estão lá são os mesmos. (Realmente, a simpatia não é o forte da rapaziada). E, até agora, ainda não tive de deixar os CD's na lavandaria.

3:14 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O dono é um bocado para o antipático é verdade, mas tem um empregado que é um fixe. Às vezes também estão lá umas miúdas...

4:47 da tarde  

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