sábado, agosto 28, 2004

O único tipo no mundo que nos faz suportar o Kenny G



No passado dia 4 de Julho, fez um ano que morreu Barry White. Pretexto – mais um - para ouvir (por exemplo) “Love Songs”, álbum que contém grande parte dos hits destes compositor e cantor americano que cresceu numa zona de alta criminalidade de Los Angeles. Digo já para não tentarem traduzir os títulos dos temas para português, a menos que queiram correr o risco de ter resultados como: “Nunca me farto do teu amor, querida”; “Eu vou amar mais um bocadinho, querida”; (ou, o mais perigoso:) “Tu és a primeira, a minha última, a minha mais que tudo”. Sim, seria caso para dizer "volta, Clemente, estás perdoado" se não estivéssemos na presença de um génio. White, com a sua voz de barítono que tomou afrodisíacos, de Vitor Espadinha negro e imponente, assistiu certamente a mais relações do que um realizador de filmes porno da Califórnia. Ele é o padrinho de todas as noites de núpcias, de todos os engates de karaoke, de todas as conquistas de cruzeiro mediterrânico. Barry White é, lembremos, o único tipo capaz de tornar o registo Kenny G aceitável. Está tudo dito sobre o senhor. NCS