terça-feira, abril 12, 2005

Shaun Ryder está vivo


Há duas ou três coisas que só a Inglaterra consegue produzir. A conjugação de uma revolução industrial a tempo com uma classe operária como aquela que os livros previam, é responsável por uma delas: a música pop alta e inconsequente. Os Kasabian é isso que fazem. A linhagem é facilmente identificável: Manchester anos 80. Nada de novo. O álbum abre, aliás, com Club Foot, que começa no riff de guitarra onde ficaram os Stone Roses em Love Spreads. Depois, é sempre a happy mondaysar. Tudo cantado naquele jeito de "garganta fodida" (FMS, 2005), meio arrastado e chunga que só o norte inglês consegue produzir. Mas há uma diferença. É que se é verdade que dá para perceber claramente o que andaram a ouvir, os Kasabian, um pouco à imagem dos Franz Ferdinand, não se limitaram a repetir os truques do costume, apropriaram-se do bom lixo e deram-lhe umas vestes novas. Soa a usado, mas é absolutamente novo. Ou muito me engano, ou estes tipos vão animar muita festa e muita viagem de carro. Isto para dizer que o disco de estreia dos Kasabian é uma merda de disco. Mas uma merda muito boa e que me parece um óptimo pretexto para os Quase Famosos voltarem a fazer uma festa. Para ser claro: se o Shaun Ryder estivesse vivo era este disco que andava a fazer. PAS

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

One...take control of me?
Curioso, esta foi uma das músicas com que abri hoje a playlist matinal, na rádio onde estou trabalhar. Para acordar o pessoal Boa malha, sim senhor.
Said its 2, it's another trick.

2:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

enquanto te lambusas com novas alegrias sonoras, nessas estradas em direcção ao mar, quando o tempo do calor e do sol espreita... imagina a festa, este ano uma vez mais alcançada, num qualquer pasto verde, com o mar da ilha ao fundo (tipo teatro grego).

A producao ficaria a cargo do ZB e da muu. porque nao?

12:32 da tarde  
Blogger Pedro Arruda said...

Bloc Party, meu amigo, Bloc Party
;)

6:58 da tarde  

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