terça-feira, novembro 30, 2004

A vida sob a influência das canções



"estou convencido que desenvolvemos uma antena para as canções e que elas gostam de andar à nossa volta. Trazem umas amigas com elas e, quando damos por isso, estão por ali sentadas ao pé de nós, a beber-nos a cerveja e a dormir no chão da sala. E, ainda por cima, usam o nosso telefone... São umas sacaninhas ingratas e ordinárias..."
Tom Waits, citado por João Lisboa no Expresso. PAS

quinta-feira, novembro 18, 2004

Carta aberta



Meu caro Pedro,
O CD já veio com o correio e três audições depois já estou bastante convencido. É verdade que soa diferente da maior parte das coisas que costumo ouvir e que aquelas vestes e cabelinhos não lembram a ninguém. Mas as músicas, as músicas, que é afinal o essencial do que conta, prometem. Fica a faltar a prova dos nove: pôr no carro e ouvir a caminho da praia. O que fica para amanhã.
um abraço amigo,
PAS

domingo, novembro 14, 2004

Prémio Carreira

Gostei. Gostei do concerto do Rufus. Concordo com quase tudo que o PAS disse sobre a coisa (só não digo que concordei com tudo para manter a pose de crítico). Só achei um pouco exagerado que, no final, por diversas vezes, as pessoas se tivessem posto de pé para aplaudi-lo. Afinal, convenhamos, ainda é um pouco cedo para o rapaz receber o Prémio Carreira. NCS

Wonder Boy?



Ao princípio até estava a correr mal. A voz de Rufus revelava o travo desagradável que por vezes tem, o piano parecia excessivamente martelado. Mas com o passar das músicas a coisa foi melhorando bastante, ou estranhando-se menos. As músicas eram cantadas no osso, despojados dos arranjos que, principalmente em Want One, por vezes quase que deitam tudo a perder. Afinal, por detrás dos coros gongóricos, das cordas que chegam a lembrar o sinfonismo dos Queen, estava uma mão-cheia (duas até) de excelentes canções. Só com o piano ou só com a guitarra – e muito conversador entre as músicas, com ironia e boa disposição – Rufus foi revelando o melhor de si. Ainda que o público estivesse conquistado à partida, com direito a palminhas a marcar compassos que não eram desejados, a verdade é que fazer aquele concerto não deixa de ser um acto de coragem. Tocou quase tudo o que esperávamos que tocasse, mas para o fim ficou o melhor. Cinco minutos que prolongados fariam do concerto de Rufus um concerto inesquecível. De guitarra em punho. Uma perna ligeiramente à frente, pose de “rock star”, Rufus, no segundo ou terceiro encore, que quase parecia fora de programa (seria?), não ensaiado, avança para uma versão arrebatadora, sem chão, de “Go or Go Ahead”. A Aula Magna em silêncio e, no meio do silêncio, quando num desespero empolgado, Rufus arriscava o refrão, “look in her eyes”, que no original tem uma espessa camada de coros femininos que ficou provado é desnecessária, parecia que afinal ali estava mesmo o tão (auto)proclamado “wonder boy”. Quem consegue cantar uma música, nem que seja apenas uma música, daquele modo, poderá ser outra coisa? PAS

sexta-feira, novembro 12, 2004

Do you love me?



Hoje, todo o dia na Radar (97.8 mhz na região de Lx). Amanhã a solo, sem a grandiloquência que quase o mata, na Aula Magna e à tarde num show-case na FNAC do Chiado. PAS

um dia destes




Um dia destes, ainda vou escrever um post sobre os Cure. Ainda vou dizer que os Cure foram (e são) mais importantes para mim do que os Smiths. Ainda vou dizer que não há nada que me comova tanto como ouvir canções chamadas "In Between days" ou "One More Time" (eu sei que os títulos não ajudam, mas é mesmo assim). Esta semana, voltei a ouvir "Disintegration", em especial "The Same Deep Water As You" (a outra face do tema dos I Am Kloot que o Ricardo ouviu há dias ao pequeno-almoço). NCS

Soul em estado puro



É bom descobrir em casa um disco que tínhamos na prateleira e não conhecíamos. Aconteceu-me esta semana com "That's How Strong My Love Is", do soulman O.V. Wright. NCS

quarta-feira, novembro 10, 2004

A melhor música do mundo na semana passada



Your lightning's all I need
My satisfaction grows
You make me feel at ease
You even make me glow
Don't cut the power on me
I'm feelin' low, so get me high
(...)

shock me, versão red house painters, 1994, gravada, quase de certeza, para me extasiar na semana que passou, e atormentar na que agora já vai longa.
ENP

sábado, novembro 06, 2004

O melhor solo de guitarra solo


E o melhor solo de guitarra rítmica.
Heroin e Rock 'n' Roll, respectivamente.
[Rock 'n' Roll Animal, RCA, 1974]
ENP

quarta-feira, novembro 03, 2004

Stripper como nós

Escrevi isto sobre o último dos American Music Club. NCS